30/01/18

Cláudia Fernández Cores ― escritiva 27

Há muitos cheiros diferentes no mundo, mas há um em especial do qual gosto. É estranho porque não é comida.
Às vezes há coisas praticamente indescritíveis, mas posso tentar explicá-lo:  imagine uma tarde fria, céu nublado e silêncio. Então, passe as portas do cemitério e respire. Não é o cheiro a morto, não é o cheiro do crematório, também não é de flores mortas ou vela, nem o cheiro da terra; é o cheiro da pedra escura.
Cláudia Fernández Cores, 19 anos, Salamanca, USAL, prof Paula Isidoro
Escritiva nº 27 - cheiros


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