Precárias
palavras leva-as o vento, arrastando-as pela folha de papel. E a madeira do
quarto alimenta o caruncho... Só algumas sílabas mudas procuram abrigo, mas não
há timoneiro, nem aventuras. Só obstáculos e muitas maçadas (tantas
faturas por pagar, o lixo para deitar no contentor). Tão diferente a maré
interior que nos insidia em viagens sem rumo... Não há regras milagrosas,
apenas frágeis suspiros, solidões rasgadas na noite, o medo que espera, esse
acreditar num sucesso. Chegará?
Elsa Alves, 69
anos, Vila Franca Xira
Desafio nº 83
– texto sobre imagem de Francisca Torres
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