12/10/16

A festa

eco da amargura ecoa, trazendo-lhe à memória as imagens dolorosas que a prendiam na cela do infortúnio. Sentia-se sentada na sela de um destino seco de esperança onde o sol há muito deixara de brilhar. Um doce olá interrompe o seu longo inverno. Daquele suave rosto escoa um largo sorriso que cose o gesto que a aprisiona. Num impulso, colocou no saco o diário, registo do seu sofrimento. Entregou-se ao amor, deixando a vida fazer-se festa.
Amélia Meireles, 63 anos, Ponta Delgada

Desafio RS nº 42 – letras de escola sem escola

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