25/11/15

Asno!

A tarde entardeceu clara e lenta, como se clamasse por perdão. O ar morno transporta dores da mãe e sons plasmados no seu corpo. Dentro do coração, a sede de amor atormenta-a e condena a alma ao som do medo. Se sente tanto medo é por ter amado tanto esse traste. Parcos momentos têm para estar em amor se ele nem a tem no coração. Asno! Tem na alma podre cara de monstro. Não tem coração, pronto!

Filomena Mourinho, 42 anos, Serpa
Desafio nº 8 – crise de letras; usar só  E  O  T  R  S  P  L  M  N  D  C

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