26/09/15

Naquele instante

Nada mais fácil do que dar a vida pelo outro. Alice percebeu que assim era. Agarrada ao irmão gritava:
– Ninguém mata o meu irmão!
As armas apontadas não a faziam separar do irmão. Tomada de uma loucura desmedida repetia cadenciadamente o mesmo grito. Os braços de Alice rodeavam o corpo do irmão coberto pela camisa rasgada, aprisionando-o. Daria a sua vida sem disso ter consciência, assim seria… Soltar o irmão, naquele instante? Não haveria nada mais difícil!

Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada

Desafio RS nº 19 – começando em Nada mais fácil e terminando em Nada mais difícil

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