Disseram
que tinhas partido, disseram que sim… Incrédula, os meus dedos magoados batem
ao de leve no vidro do quarto onde sempre entrei com convicção. Hoje é o receio
que me reveste a alma. O mesmo temor impele-me a repetir o gesto, a bater
suavemente… Não quero o vazio desse lado, não quero o vazio do teu lado! Fujo,
derrotada, antes do final do combate.
Anos
mais tarde, disseram que afinal não tinhas partido, disseram que sim…
Elisabete Bernardo, 47 anos, Santo António dos
Cavaleiros
Desafio RS nº 25 – dedos que batem
no vidro (cena)
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