21/04/15

A casa da escritora

Gostava daquele trajeto!
Subia a serra até ao terreiro. Olhava à sua volta deslumbrado.
Ouvia-se à distância a forte corrente das águas do rio cujas margens se uniam através da ponte romana.
Uma cabra tresmalhada amamentava a cria no meio da ponte, longe da quietude verde das pastagens.    
O mistério envolvia aquela casa de xisto, janelas em ogiva, cortinas transparentes, lilases pendentes da latada.
Estático, imaginava a biblioteca repleta de livros aguardando um reconfortante sorriso da escritora.  

Rosélia Palminha,  67 anos,  Pinhal Novo

Desafio RS nº 24 – 6 palavras com GUARDA-

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