15/07/14

Vagabundos

“Olhai o vagabundo que nada tem”
Como é triste não ter nada neste mundo
Sem casa, sem família sem um bem
Que desolação e sofrimento profundo

Irmão como é triste o teu destino
Vem comigo matar a sede à fonte
Como lamento que não tivesses sido menino
Dá-me a mão e vem olhar o horizonte

Eu ando nesta vida à procura dum amor
Também estou só à deriva, eu parti
“Tenho pena de mim… pena de ti…”

Maria Silvéria dos Mártires, 68 anos, Lisboa
O primeiro verso é de Manuel da Fonseca, Rosa dos Ventos, 1940
O último verso é de A Minha Piedade, Inéditos, os últimos poemas de Florbela Espanca


Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor

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