06/06/14

Ingrata Missão

Espreitei a rua deserta através das vidraças fustigadas pelas bátegas de água impulsionadas pelo vento.
Do meu peito, um suspiro inquieto, lembrou-me que na vida nada é perfeito.
Preciso ir direita ao assunto.
Mas como dizer àquele rapazinho que não fez nada mal feito, que se considera uma pessoa escorreita, que os seus exames revelaram uma anomalia, coisa insuspeita, que o irão condicionar ao leito o resto da sua vida?!
Falta-me coragem. Não posso roubar-lhe os sonhos! 

Rosélia Palminha, 66 anos, Pinhal Novo

Desafio nº 67 – 8 palavras com EIT

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