No Salvador de Bahia.
O veleiro levou âncora. A brisa forte obrigou-o. Rapidamente içou as velas.
Deslizando sobre as ondas. Navegava a carreira conhecida. A bordo
guardava silêncio. Todos ignoravam seu passado. Ninguém viu suas algemas. Ninguém
sentia o sofrimento. Antes, este barco aterrorizou.
De improviso, alguém cantou. "Escravo de um coração".
O emigrante cantarolava suavemente. O seu pensamento desviava-se. No
convés, alimentava esperanças. Trabalhar, de ser alguém.
A carranca sorri alegre.
Terra à vista.
Nova vida.
Theo De Bakkere, 60 anos, Antuérpia, Bélgica
Desafio
RS nº 12 – texto em prosa com frases de 4
palavras
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