23/10/12

Calou-se...

O prazo para reclamação da herança estava a findar. Bastava uma palavra e tudo seria diferente. Mas Joana calou-se
Remetia-se agora ao andar de cima, curtindo as bebedeiras que se sucediam, na vã tentativa de suportar a ausência do marinheiro que partira. O mar por vezes era cruel, desumano mesmo.
Todos esperavam que uma voz surgisse do outro lado da porta e o dinheiro brotasse. Essa voz não veio.
Calou-se Joana, mas… a dor não se silenciou.

Quita Miguel, Cascais

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